Qual o legado de Ariano Suassuna para a literatura brasileira?
Morte do escritor, conhecido por ser um ávido defensor da cultura nordestina, completa sete anos nesta sexta-feira (23)
08/09/2021 12h26
O escritor Ariano Suassuna nasceu na capital da Paraíba, em 16 de junho de 1927. Conhecido por ser um ávido defensor da cultura nordestina, o paraibano reinventou a literatura de cordel e foi um dos precursores do Movimento Armorial, que tinha como objetivo a criação da arte erudita com base em elementos da cultura popular do nordeste.
Em 1930, seu pai, João Suassuna, então governador da Paraíba, foi assassinado por vieses políticos. O livro “Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-volta”, é inspirado na trajetória de vida do pai. Após o ocorrido, a família foi para Taperoá, onde Ariano passou a ter contato com a cultura através de espetáculos de mamulengos e desafios de viola.
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Em 1945, estreou na literatura com o poema "Noturno", destaque no Jornal do Commercio do Recife. Um ano depois, o escritor ingressa na Faculdade de Direito do Recife, mas não se distancia do mundo das artes. Em 1946, Ariano fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, com Hermilo Borba Filho, dramaturgo pernambucano.
Seu pensamento estético e político são expressados em obras como "O Auto da Compadecida", uma sátira religiosa de 1955, que foi adaptada para os cinemas. Ariano Suassuna foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1989. Ao todo, escreveu 15 livros e 18 peças de teatro.
Em 23 de julho de 2014, o escritor faleceu após sofrer complicações devido a um acidente vascular cerebral (AVC).
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Confira a participação de Ariano Suassuna no Roda Viva, em 2002:
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