Rachel de Queiroz foi uma importante escritora nordestina que fez parte do movimento modernista e ficou conhecida pela postura aguerrida. No dia 4 de agosto 1977, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, se tornando a primeira mulher a ocupar uma cadeira na instituição.
Nascida em Fortaleza, capital cearense, em 1910, Rachel mudou-se para o Rio de Janeiro com os pais, para fugir da seca que assolou a região em 1915. Sua passagem pela cidade maravilhosa foi breve, em seguida mudou-se para Belém do Pará e retornou para o Ceará após dois anos.
A estreia da sertaneja no mundo literário foi cedo, aos 19 anos de idade. Rachel ganhou notoriedade nacional ao publicar seu primeiro romance, 'O Quinze', em 1930. O livro, escrito durante sua luta contra uma doença pulmonar, contava sobre a seca e miséria vivida no nordeste e explorava o modernismo, movimento literário que surgiu na época. Além dos temas políticos e sociais abordados em sua escrita, a escritora também chamava atenção pelas declarações sobre liberdade feminina.
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Engajada em movimentos políticos, a escritora integrou o Partido Comunista Brasileiro. Em 1935, Rachel foi presa em meio à repressão do governo de Getúlio Vargas, o que deu origem ao seu terceiro romance, 'Caminho de Pedras'. Anos depois voltou à política com posicionamentos contraditórios, foi convidada para representar o Ministério da Educação no governo Jânio Quadros, apoiou a deposição de João Goulart e fez parte do diretório da Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido apoiador da ditadura militar. Em 2003, a escritora faleceu aos 92 anos no Rio de Janeiro, vítima de problemas cardíacos.
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Veja a participação de Rachel de Queiroz no Roda Viva em 1991:
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