Dia do enólogo: Especialista dá dicas para escolher um bom vinho
Nesta sexta-feira (22), é comemorado o dia do profissional responsável pela produção da bebida
22/10/2021 14h08
Quem não gosta de um bom vinho, não é? No Brasil, o consumo da bebida cresceu 18,4% em 2020, segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Foram aproximadamente 430 milhões de litros consumidos pelos brasileiros.
Nesta sexta-feira (22), é comemorado o dia do enólogo, o profissional responsável pela produção da bebida.
Segundo o enólogo Marcio Dal'Osto, da vinícola XV de Novembro, em São Roque, entre as funções do profissional estão o cuidado com a fisiologia da planta, a transformação do fruto em vinho e o processo de envase para que o produto chegue com qualidade ao mercado.
Elaboração
O primeiro passo para a elaboração de um vinho é a análise da uva para que ela chegue no grau de açúcar desejável. “Pela quantidade de açúcar eu sei quanto esse vinho vai me dar de álcool no final, então eu calculo, espero a uva amadurecer e colho”, explica o enólogo.
Feita a colheita o fruto é levado para a vinícola onde será feito toda a parte de processamento. Segundo o especialista, quando a produção é realizada para a obtenção de um vinho branco, a uva será esmagada sem contato com a casca e então será fermentado o líquido puro. Já no caso de um vinho tinto, a fermentação ocorre junto com a casca. O vinho rosé permanece em contato com a casca por uma ou duas horas.
Após a fermentação, o vinho descansa por cerca de 40 dias para a estabilização. Em seguida, a bebida segue para o processo de amadurecimento, que pode ser feito em tanques de aço ou barris de carvalho, dependendo do estilo do vinho. Finalizada essa etapa, a bebida segue para as garrafas, onde descansam até serem disponibilizadas no mercado.
“Se eu deixei ele mais de 6 meses em carvalho, ele terá de ficar no mínimo mais 12 meses em garrafa descansando, para poder amadurecer, só então ele vai pro mercado. Um vinho mais complexo pode levar de 2 a 3 anos para ficar pronto, já um vinho mais simples, o branco por exemplo, seis meses já está preparado para venda”, conta Dal'Osto.
O vinho no Brasil
O especialista explica que o vinho brasileiro tem se destacado. “Com a alta do dólar, os apreciadores de vinho começaram a adquirir mais vinho brasileiro. Isso quebrou esse mito de que o vinho daqui não tem qualidade”. De acordo com o enólogo, o Brasil carece de história, mas não de qualidade. "Nossa trajetória é recente. Apesar da uva ter chegado no Brasil em 1532, a nossa história começou a partir da década de 70”.
Como escolher um bom vinho?
Escolher um vinho pode ser uma tarefa bastante complexa. As gôndolas dos mercados são cheias de opções, confundindo o consumidor inexperiente com o assunto. Dal'Osto explica que a melhor forma de se adquirir um bom vinho, condizente com seu gosto pessoal, é procurar uma casa especializada onde tenha um sommelier.
“Atraves da descrição do seu gosto, ele vai te indicar o melhor vinho para o seu paladar, para o momento e para a refeição. Se errar a combinação do vinho e da refeição, você estraga os dois”.
O enólogo sugeriu alguns tipos de vinho de acordo com o clima e a refeição. Para dias mais quentes, um espumante brut ou extra brut com uma refeição leve. “O espumante é um coringa no mundo do vinho, quando você está na dúvida de qual escolher, leve um espumante, ele vai com tudo”, indica.
Para dias frios, depende do estilo. Para aqueles que preferem um vinho mais encorpado, é ideal um que tenha passagem por carvalho, como é o caso de um Cabernet Sauvignon ou Merlot. Para os que preferem um vinho mais leve, um Carménère ou Pinot Noir.
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