Imagens de praias lotadas no litoral paulista durante o final de semana viralizaram nas redes sociais e causaram revolta entre aqueles que ainda estão cumprindo o distanciamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (31), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um alerta para o relaxamento dos protocolos de combate à pandemia do novo coronavírus.
"Um ponto de preocupação que todos observaram nesse final de semana. Pessoas se aglomerando, sem máscara, de forma inadequada e perigosa. As rodovias também aqui do estado de São Paulo tiveram seguidos congestionamentos, como se nada estivesse acontecendo. Como se estivéssemos aqui em período de alta estação, de férias e com razões para celebrar. Nós não temos razões para celebrar, temos razões para nos preocuparmos", afirmou.
Segundo o governador, os resultados positivos que São Paulo tem alcançado não justificam o relaxamento das medidas de segurança e nem aglomerações em praias, parques, bares, restaurantes e festas em residências particulares. "Nós estamos em quarentena, eu quero deixar isso bem claro à opinião pública de São Paulo que esta quarentena prosseguirá. Enquanto não chegar a vacina e não tivermos a imunização de todos os brasileiros de São Paulo, nós estaremos em quarentena", apontou.
Doria ainda ressaltou que, além do distanciamento social, é importante que a população siga usando máscaras e álcool em gel e continue lavando as mãos.
"Eu entendo que, após seis meses de confinamento, isolamento, distanciamento e restrições, sobretudo os jovens se sintam compelidos a se aglomerarem, a não usarem máscaras, mas eles não podem e não devem fazer isso. Nós queremos jovens com vida e não jovens ameaçados, não jovens infectados", afirmou o governador.
No último dia 18, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que uma nova disseminação do coronavírus pode estar sendo causada por pessoas na faixa dos 20 a 40 anos. Segundo o diretor regional da OMS para o Pacífico Ocidental, Takeshi Kasai, a pandemia está mudando e os mais jovens estão impulsionando as infecções, sendo que muitos nem sabem que estão contaminados.
"Então, peço que, principalmente, os jovens, mas também os pais dos jovens, os avós dos jovens e os amigos dos jovens digam que nós estamos na pandemia, não há razão para essas aglomerações. Nada justifica o desprezo pela vida. A redução dos óbitos que temos tido em São Paulo não justifica e não pode ser entendida como o final da pandemia. Volto a repetir o que já disse aqui várias vezes: só teremos o fim da pandemia com a vacina e com a imunização promovida pela vacina. Enquanto não tivermos, nós estaremos em quarentena e lutando contra o vírus e a favor da vida", alertou Doria.
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