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A demora para o fim da apuração dos votos nas eleições norte-americanas causou estranheza entre os brasileiros, que estão acostumados a votaram em um único dia e receberem o resultado da votação em apenas algumas horas. Isso é possível graças à urna eletrônica utilizada no Brasil.

Nos Estados Unidos, apenas os estados do Arkansas, Carolina do Sul, Delaware, Geórgia, Louisiana e Nevada utilizam sistemas de votação 100% eletrônicos, de acordo com levantamento da Fundação Verified Voting. No resto do país, a escolha ainda é feita por meio de cédulas de papel ou por meio de mecanismos mistos. 

Desenvolvida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a segurança e a transparência do processo eleitoral, as urnas eletrônicas têm sido usadas no País desde as eleições de 1996. Conheça mais sobre o sistema eletrônico de votação brasileiro:

O início de tudo

O primeiro Código Eleitoral brasileiro, em 1932, já previa o “uso das máquinas de votar, regulado oportunamente pelo Tribunal Superior (Eleitoral)”. Porém, o desejo só começou a virar realidade quando, em 1985, o Brasil começou a fazer o cadastro único e automatizado dos eleitores. Antes, não existia um registro nacional, o que abria espaço para fraudes no cadastro, segundo o TSE. 

Em 1994, os votos das eleições presidenciais foram processados de forma eletrônica pela primeira vez, por meio de recursos computacionais da própria Justiça Eleitoral. A rede nacional permitia transmitir as apurações de cada município a alguns centros regionais. 

"Tanto que, ainda antes da urna eletrônica, dado o trabalho da rede, a eleição presidencial de 1994, já às 10h, 11h da noite, nos permitia anunciar o candidato eleito, que tinha alcançado a maioria absoluta”, lembrou o ministro Sepúlveda Pertence no programa Memórias da Democracia, produzido pelo TSE.

Mas a ideia da urna eletrônica chegou mesmo em 1995, quando o tribunal refletia sobre maneiras de eliminar qualquer tipo de fraude eleitoral da votação. No início, o projeto não foi muito bem aceito e causou estranheza entre aqueles que duvidaram da eficiência do sistema. 

Segundo o atual secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, em 1996, foram feitos vários testes com o personal computer (PC), porém, o computador não era um mecanismo seguro para a votação. 

Foi assim, que uma equipe composta por Janino, técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) começou a idealizar um equipamento similar a um computador, com tela, teclado, CPU, mas que fosse seguro, de fácil interação com o cidadão e totalmente fechado, impedindo qualquer acesso externo. 

“Foi uma solução desenvolvida para a nossa necessidade, não foi uma solução importada. Nós não fomos ao mercado adquirir alguma solução para a automatização do voto. Desenvolvemos internamente o projeto. Essa solução tem o diferencial de servir exatamente para as nossas necessidades e se encaixar exatamente na nossa realidade”, destacou Janino ao portal do TSE.

Primeira eleição tecnológica

Foi então que, em 1996, 70 mil urnas eletrônicas coletaram os votos de mais de 32 milhões de brasileiros, em 57 cidades do País. Cinco anos depois, o aparelho chegou a todas as cidades do Brasil e vem sendo cada vez mais desenvolvido e ampliado. Hoje em dia, a urna eletrônica pesa 3 kg a menos e tem 50% mais economia de bateria. 

No próximo dia 15 novembro, o aparelho será protagonista novamente, quando parte dos 147,9 milhões de eleitores brasileiros deve escolher os prefeitos e vereadores de cada município do País

Memes nas redes sociais

Com a rapidez do sistema eletrônico brasileiro, o tempo de apuração dos votos nos Estados Unidos virou alvo de diversas brincadeiras nas redes sociais entre os internautas que exaltaram a nossa urna eletrônica. Confira: