A procuradoria-geral da República vai apurar denúncia sobre o envolvimento do Governo Federal na defesa de Flávio Bolsonaro. O senador e filho do presidente Jair Bolsonaro é acusado pelo Ministério Público do RJ de chefiar esquema de 'rachadinhas' na época em que era deputado pelo estado.
A apuração, anunciada pelo procurador-geral Augusto Aras, é resposta à notícia-crime encaminhada pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski à PGR contra o presidente. A notícia-crime, protocolada por Natália Benevides (PT), se refere a uma possível mobilização de órgãos federais (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e Agência Brasileira de Inteligência) com intuito de comprovar falhas na conduta da Receita Federal, com suposta divulgação de dados sigilosos por funcionários do órgão ao Conselho de Controle de Atividades Econômicas (Coaf). Esses dados teriam sido os responsáveis pelo início das investigações contra Flávio. Caso comprovada, a tese anularia a investigação contra o senador.
Segundo informações da Revista Época, a estratégia teria sido montada pela defesa de Flávio Bolsonaro e informada, em reunião no Palácio do Planalto, ao presidente Jair Bolsonaro, assim como ao ministro do GSI, Augusto Heleno, e ao diretor da Abin, Alexandre Ramagem. A notícia-crime cita possíveis crimes de tráfico de influência e improbidade administrativa.
Flávio é acusado por esquema de 'rachadinhas'
O filho do presidente Jair Bolsonaro foi denunciado no dia 4 deste mês pelo MPRJ. A acusação é de desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Para o órgão, Flávio era o líder, na época em que foi deputado estadual, de uma organização criminosa que coletava parte dos salários de funcionários do parlamentar.
Também foram denunciados Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, e outros 15 investigados. O filho do presidente responderá por de lavagem de dinheiro, peculato, organização criminosa e apropriação indébita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
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