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Grupo de pesquisadores faz alerta para o começo da segunda onda da pandemia no Brasil

Em nota técnica, seis pesquisadores de universidades públicas de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Brasília afirmaram que a queda nas taxas de isolamento social e a falta de testes e de uma política centralizada provocaram o início da segunda onda


24/11/2020 12h57

Um grupo de pesquisadores defende que o Brasil vive o começo da segunda onda da pandemia. Em nota técnica, seis especialistas de universidades públicas de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Brasília afirmaram que a queda nas taxas de isolamento social e a falta de testes e de uma política centralizada provocaram o início da segunda onda da Covid-19 em quase todos os estados. Eles afirmaram que a situação piorou nas duas últimas semanas.

Com base em dados, os pesquisadores mostraram que as mortes em excesso por síndrome respiratória aguda grave indicam que o número real de óbitos pela doença é superior ao que é anunciado. Eles também explicaram que estamos longe da imunidade de rebanho e permitir que ela seja atingida implicaria em um número de mortes até quatro vezes maior do que é registrado hoje.

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A nota técnica recomenda que deve haver uma coordenação central do governo federal com campanhas públicas de informação da população sobre os cuidados essenciais. Os gestores públicos devem basear suas decisões na ciência e o isolamento e o distanciamento social devem ser intensificados o quanto antes, assim como a testagem e também apoio financeiro aos cidadãos menos favorecidos e setores econômicos mais prejudicados.

Além da falta uma ação efetiva do governo federal nesta fase da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também não divulgou um plano para imunizar a população quando a vacina estiver disponível. Um planejamento foi determinado em agosto pelo Tribunal de Contas da União, mas a Advocacia-Geral da União recorreu.

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Enquanto isso, o Ministério Público pediu ao TCU que investigue o prejuízo por conta de quase 7 milhões de testes da Covid-19 que estariam estocados em um armazém do Ministério da Saúde e que perderão a validade até janeiro do ano que vem. O MP também pede que estes testes sejam aproveitados antes do vencimento. Segundo Bolsonaro, os testes foram enviados a estados e municípios e, se algum deles não utilizou, deve apresentar os motivos.

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