Embaixada da China repudia publicação de Eduardo Bolsonaro: "Vai arcar com as consequências negativas"
No Twitter, o filho do presidente Bolsonaro afirmou que o Brasil cogita comprar tecnologias 5G dos EUA e que os equipamentos chineses são uma porta de espionagem para o regime asiático. Ele apagou a publicação em seguida
25/11/2020 10h05
A Embaixada da China no Brasil reagiu a ataques do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e líder da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Na última segunda-feira (23), o político fez uma publicação no Twitter afirmando que o Brasil estaria próximo do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o desenvolvimento e a compra de tecnologias 5G.
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Eduardo afirmou, ainda, que os equipamentos chineses são uma porta de espionagem para o regime asiático. Nesta terça-feira (24), ele apagou a publicação.
No centro da mensagem do deputado está o 5G, que é a quinta geração de internet para celulares. A tecnologia é considerada um dos principais avanços informacionais da década e também é central na disputa geopolítica entre China e Estados Unidos.
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Em resposta à postagem de Eduardo, a Embaixada da China lembrou que o país asiático é o maior parceiro comercial do Brasil há 11 anos.
Um representante do Estado chinês afirmou, em nota, que, caso algumas personalidades políticas não deixem a postura alinhada com a extrema direita norte-americana, "vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria Brasil-China".
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