Nesta terça-feira (1º) faz um ano desde que o primeiro paciente conhecido apresentou sintomas da Covid-19 em Wuhan, capital da província de Hubei, na China.
As conclusões são baseadas em uma investigação realizada pela rede de notícias norte-americana CNN, com documentos de 117 páginas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Província de Hubei. O relatório é marcado como documento interno, pedindo total sigilo.
Os arquivos foram encaminhados por um denunciante que pediu anonimato e que trabalhava dentro do sistema de saúde chinês.
Em 10 de fevereiro, o governo chinês listou 3.911 casos detectados de Covid-19, entretanto, o número verdadeiro equivale ao dobro desse valor, com 5.918 casos da nova infecção.
O relatório produzido no início de março revela que as autoridades demoraram em média 23 dias para confirmar o diagnóstico de pacientes que já haviam apresentado sintomas.
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Em sua defesa, o governo chinês, rejeitou as acusações levantadas pelos Estados Unidos e governos ocidentais, que o acusaram de ocultar deliberadamente informações iniciais sobre o vírus que atualmente atinge todo o mundo.
Nos documentos apurados, foi encontrado um surto de gripe que ocorreu no início de dezembro em Hubei. Enquanto o vírus se espalhava, funcionários foram acusados.
No fim de dezembro, Li Wenliang, jovem médico de um dos principais hospitais de Wuhan, estava entre os convocados pelas autoridades locais e que, posteriormente, receberam advertências por tentarem alertar um potencial vírus.
Em uma entrevista coletiva em 7 de julho, o Conselho de Estado da China divulgou um “livro branco” no qual afirmava que o governo sempre publicou informações relacionadas a epidemia do novo coronavírus, de maneira oportuna, aberta e transparente.
Até hoje, meses depois do primeiro caso, especialistas internacionais ainda possuem um acesso limitado aos registros médicos de hospitais e dados em Hubei. Na semana passada, o governo chinês afirmou que uma viagem ao local será concedida como parte da investigação.
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