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O grupo de estudos da Fiocruz, Monitora Covid-19, divulgou nesta quarta-feira (3), uma nota técnica alertando que a saúde pública do estado do Rio de Janeiro já está em colapso devido ao aumento do número de casos do coronavírus. 

Ontem, cerca de 172 pessoas aguardavam por um leito nas UTIs do SUS na Região Metropolitana. Na rede privada, 98% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados

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De acordo com os pesquisadores, além dos hospitais que sofrem com superlotação e problemas de atendimento, a assistência básica também está em defasagem. 

Os especialistas da Fiocruz concluíram que entre setembro e outubro, houve 1.100 mortes a mais do que o esperado para este período, o que indica "que o sistema de saúde não retornou ao que seria sua “normalidade”, depois da crise de abril e maio".

Além de mortes que possam ser causadas diretamente pelo vírus, os pesquisadores apontam que muitas foram causadas por doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, indiretamente provocadas pela pandemia, por conta da restrição do acesso à saúde.

O Monitora Covid-19 também fez alerta para às viagens e comemorações de fim de ano no Rio de Janeiro. Caso não tenha reforço hospitalar, o sistema de saúde poderá se desestabilizar ainda mais com o aumento de casos. 

"Esse quadro de desassistência pode se agravar com o aumento do número de casos e da exposição da população a situações de risco de transmissão do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Nesse sentido, é importante o reforço da estrutura hospitalar de cuidados intensivos, a intensificação das atividades de atenção primária em saúde, articulada com a vigilância em saúde, bem como a manutenção de medidas de isolamento social e alerta para condições de risco nas próximas semanas, especialmente diante do quadro preocupante de realização de grandes festas de fim de ano, que já contam com propaganda regular nas redes sociais", diz em nota.