STJ concede prisão domiciliar a Crivella com uso de tornozeleira eletrônica
A justificativa foi de que o prefeito, investigado por envolvimento em suposto esquema de propina, pertence ao grupo de risco do novo coronavírus
23/12/2020 09h46
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu o benefício de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). O presidente do STJ, Humberto Martins, alegou que o prefeito pertence ao grupo de risco do novo coronavírus.
Ao determinar a prisão domiciliar, o STJ impôs outras restrições a Crivella:
- Ele deverá entregar celulares, computadores e tablets às autoridades;
- Não poderá falar ao telefone e nem sair de casa sem autorização da Justiça;
- Deverá manter endereço fixo e está proibido de manter contato com terceiros, salvo familiares e profissionais da saúde.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), um esquema de propina na prefeitura do Rio funcionava assim: empresas com valores a serem recebidos repassavam uma parcela aos integrantes do grupo. Com isso, eram privilegiados na hora dos pagamentos.
A Justiça do Rio havia determinado a prisão preventiva de Crivella, que chegou a ser levado para o presídio de Benfica (RJ), onde passou a noite.
Enquanto o prefeito eleito Eduardo Paes (DEM) não toma posse, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Jorge Felippe (DEM), assumirá como prefeito interino da cidade. O vice de Crivella, Fernando McDowell, morreu em maio de 2018, devido a complicações decorrentes de um infarto agudo no miocárdio.
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