O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sofrer um processo de impeachment se a vacinação contra o coronavírus demorar a ser aplicada na população. No entanto, Maia negou que vá encaminhar a abertura do processo, visto que sua gestão está prestes a terminar.
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Em entrevista ao site Metrópoles na manhã desta terça-feira (12), o deputado declarou: "A questão da vacina está começando a transbordar uma pressão que a sociedade poucas vezes fez nos últimos anos. Talvez ele sofra um processo de impeachment muito duro se não se organizar rapidamente. Porque o processo de impeachment, você sabe, é o resultado da pressão da sociedade.".
No próximo dia 1º de fevereiro, acontece a eleição para a presidência da Câmara e do Senado. Os deputados Arthur Lira (Progressistas-AL), apoiado por Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Maia e endossado por 11 partidos, são os candidatos à vaga.
Em entrevista para a TV Bandeirantes, Lira disse que pretende fazer uma administração independente das pautas apresentadas pelo palácio do planalto.
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Do outro lado, o candidato do atual presidente da Câmara tem adotado um tom ainda mais conciliador. Baleia Rossi tem negado o rótulo de oposição ao palácio do planalto.
Rossi tem afirmado seu compromisso com as reformas defendidas pelo poder executivo, como a administrativa e a tributária. Sobre os pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro disse que vai tratar do tema com clareza e objetividade.
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