Primeira pessoa a receber a vacina contra a Covid-19 em solo brasileiro, a enfermeira Mônica Calazans ganhou destaque das capas de jornais do país e na imprensa internacional. Com a notoriedade, porém, também vieram as informações falsas e o escrutínio das redes sociais.
Além de contas falsas criadas em nome da enfermeira e imagens atribuídas às redes sociais dela, começaram a circular nesta segunda (18) postagens que jogam dúvida sobre a primeira imunização contra a Covid-19 do país, feita em público na tarde de ontem com a presença do governador de São Paulo, João Doria.
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"Por quê [sic] Mônica Calazans tomou a 'primeira vacina' se teoricamente ela já estava imunizada por ter participado dos estudos da vacina experimental no Butantan?", escreveu o deputado estadual bolsonarista Gil Diniz em uma rede social. O post cita uma reportagem verdadeira, do site oficial do Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), que mostra Mônica como uma das voluntárias nos testes clínicos da Coronavac. "[Mônica] conta que já tomou as duas doses e não teve nenhum tipo de reação", diz o texto.
Isso não significa, entretanto, que a enfermeira teria se imunizado "pela terceira vez" ou que a vacina aplicada ontem (17) foi falsa. Procurado pela Cultura, o Instituto Butantan confirmou que Mônica foi voluntária nos estudos da Coronavac e fez parte do grupo controle, isto é, recebeu placebo durante os testes. Portanto, ela só foi vacinada de fato neste domingo, diante das câmeras.
Trabalhadora da linha de frente do combate à Covid-19, Mônica é enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. "Eu sou humilde, brasileira, negra, mulher, moro na zona leste. Para mim isso é um orgulho ímpar. Estou fazendo parte da história desta vez", afirmou a jornalistas após a aplicação da vacina.
Assista à reportagem do Jornal da Tarde:
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