O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou aumento de 1% em fevereiro, após avançar apenas 0,11% no mês anterior, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (10).

O resultado ficou abaixo da expectativa de mercado, que projetava um crescimento de 1,15%. No acumulado de 12 meses, o índice avançou 8,78%, refletindo uma pressão crescente nos preços.

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O aumento foi impulsionado principalmente pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral e subiu 1,03% em fevereiro, comparado a uma alta de 0,03% no mês anterior. O IPA foi pressionado pelo aumento dos preços de ovos e milho, que enfrentaram uma combinação de alta demanda e baixa disponibilidade. Esses fatores afetam temporariamente os preços e podem impactar produtos da cadeia alimentar, como as proteínas animais.

No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, a pressão sobre os preços ao consumidor aumentou, com uma aceleração de 1,18% em fevereiro, frente a uma modesta alta de 0,02% no mês anterior. O aumento no custo de energia elétrica foi responsável por quase 50% dessa pressão, elevando a tarifa de eletricidade residencial em 17,68%, após uma queda de 13,58% em janeiro.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou para 0,40% em fevereiro, de 0,83% em janeiro, com a principal influência sendo a desaceleração dos custos com mão de obra. Já o núcleo do IPC-DI, que exclui os itens com variações mais extremas, subiu 0,48%, mantendo o mesmo ritmo de janeiro. Em 12 meses, o núcleo acumula alta de 4,07%.

Com esses resultados, o IGP-DI acumulou uma alta de 1,11% no ano, superando a queda de 0,41% registrada em fevereiro de 2024. O índice reflete a dinâmica de preços tanto no atacado quanto no varejo, com o impacto nos consumidores sendo um dos principais fatores em fevereiro.

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