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O dia 29 de fevereiro celebra o Dia da Visibilidade Trans. Nesta data, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) publicou o dossiê "Assassinatos e Violência Contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2020", que revela que 175 assassinatos ocorreram contra pessoas que expressavam o gênero feminino em contraposição ao gênero designado no nascimento no ano. A Antra ressalta a subnotificação e ausência de dados governamentais.

O documento foi feito de forma quantitativa, porque não existem dados demográficos a respeito da população trans brasileira. Os números analisados vieram a partir de pesquisa dos casos em matérias de jornais e mídias vinculadas à internet, assim como informações de instituições LGBTI

De acordo com o documento, "em 2020, o Brasil assegurou para si o 1º lugar no ranking dos assassinatos de pessoas trans no mundo, com números que se mantiveram acima da média."

Leia também: Mês da visibilidade trans: “ser travesti, sobretudo no Brasil, país que mais mata travestis e transexuais no mundo, é ser resistência"

O dossiê ainda aponta que 94,8% da população trans afirmam ter sofrido algum tipo de violência motivada por discriminação devido à sua identidade de gênero. Quando perguntadas sobre suas principais necessidades, o direito ao emprego e renda aparece com 87,3%, seguido de acesso à saúde, educação, segurança e moradia. Além disso, 58,6% declarou pertencer ao grupo de risco para a Covid-19.

Em relação à pandemia do novo coronavírus, apesar da constante cobrança por parte dos movimentos sociais, não houve um único projeto específico de apoio à população LGBTI+ para o enfrentamento da situação. 

São Paulo foi o estado que mais matou a população trans em 2020, com 29 assassinatos, seguido por Ceará (22); Bahia (19); Minas Gerais (17) e Rio de Janeiro (10). 


Entretanto, a maior concentração dos assassinatos em 2020 foi vista na Região Nordeste, que apresentou
75 assassinatos
. Em seguida, vem a Região Sudeste (59); a Região Sul (14); o Norte (13) e Centro-Oeste (12).

O levantamento ainda aponta que dentre os 109 casos em que foi possível identificar a idade das vítimas, 61 (56%)  tinham entre 15 e 29 anos; 31 casos (28,4%) tinham entre 30 e 39; oito (7,3%) entre 40 e 49 anos; e 9 (8,3%) entre 50 e 59 anos. Não foram encontrados casos de pessoas trans assassinadas em 2020 com mais de 60 anos. A idade média das vítimas foi de 29,5 anos.