A indicação de Bia Kicis (PSL-DF) à presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, a mais importante da casa, gerou críticas de outros parlamentares.
Parte da ala bolsonarista do Congresso, a deputada é investigada no Supremo Tribunal Federal em inquérito que apura atos antidemocráticos e já chegou a pedir intervenção militar no Brasil na tribuna da Câmara.
Até o ano passado, Bia Kicis era a primeira vice-presidente da CCJ. Ela foi eleita deputada em 2018 pelo PSL, antigo partido de Jair Bolsonaro. A legenda tem a maior bancada dentro do bloco que elegeu Arthur Lira à presidência da Câmara. Por isso, teria direito a indicar um nome para a comissão.
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A CCJ é a comissão mais importante da Câmara: dependem do aval dela todos os projetos que tramitam na casa e nela são discutidos Projetos de Emenda à Constituição (PEC) e pedidos de impeachment contra um presidente da República. A indicação da deputada ainda precisaria ser referendada pelos membros da Comissão, que volta às atividades em março.
Bia Kicis é investigada por usar verba pública para contratar uma agência de conteúdo de redes sociais que teria como objetivo incentivar manifestações pedindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes é o relator das denúncias do MP contra a parlamentar.
Lideranças do Congresso tentam, agora, convencer o PSL a indicar um nome moderado ao cargo.
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