Osmar Terra defende imunidade de rebanho e diz que vacinas não influenciam na redução de casos e óbitos

O ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MDB/RS) usou as redes sociais nesta segunda-feira (8) para falar sobre a pandemia e a vacina contra a Covid-19. Segundo ele, o número de casos e óbitos está diminuindo no mundo desde janeiro por causa da imunidade de rebanho, e que a vacina não é responsável pela queda dos números.

Em publicação no Twitter, Terra diz: “O número de novos casos da Covid e dos óbitos começaram a cair no mundo todo desde janeiro. Mesmo com cepas virais mais infectastes. E não é pela vacinação, pois percentual de vacinados é pequeno ainda e a vacina leva tempo para ser eficaz. É pela imunidade de rebanho funcionando”. 

Para embasar a sua posição, Terra deu exemplos de outras doenças de escala global que, segundo ele, só terminaram por conta da imunidade de rebanho, sem a necessidade de vacinas. Ele ainda completa que o objetivo da vacinação é prevenir outros surtos.

Segundo os dados fornecidos pelas secretarias estaduais de Saúde, o país atingiu 231.561 óbitos e 9.522.132 casos de Covid-19 desde o início da pandemia.

Vacinação em Israel

Alguns países do mundo estão em um ritmo rápido na campanha de vacinação contra a Covid-19. O lugar de mais sucesso é Israel. No início de fevereiro, foi anunciado que mais de 750 mil idosos já tinham recebido a primeira dose da vacina.

Segundo os dados do ministério da Saúde de Israel, o número de infecções caiu abruptamente após duas semanas de vacinação. O governo local fez uma pesquisa com mais de um milhão de pessoas, sendo 743.845 maiores de 60 anos.

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Os resultados mostram como a campanha de vacinação ajudou o país a diminuir o número de internações e o de infectados, contrário do que Osmar Terra afirmou em suas redes sociais.

Osmar Terra já se contaminou pelo coronavírus

O deputado anunciou que testou positivo para a Covid-19 em 13 de novembro do ano passado. Terra teve complicações por causa da doença e precisou ficar internado por 12 dias, sendo sete deles na UTI. Ele chegou ter 80% do pulmão comprometido.

Depois que conseguiu se curar, o deputado seguiu com o mesmo discurso e afirmou em uma entrevista à revista Veja que “pensa exatamente como pensava antes”.

Ao longo da pandemia, ele já chegou afirmar que o Brasil teria menos mortes pelo coronavírus do que por infecções causadas pelo H1N1 em 2019. Segundo o Ministério da Saúde, foram 796 mortes pela H1N1 no ano passado.