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Divulgação/Governo de São Paulo
Divulgação/Governo de São Paulo

Mônica Calazans, primeira brasileira a receber a vacina contra a Covid-19, tomou a segunda dose do imunizante nesta sexta (12). A enfermeira de 54 anos ganhou destaque na mídia do Brasil e do mundo em 17 de janeiro, quando foi vacinada diante das câmeras ao lado do governador João Doria. 

Trabalhadora da linha de frente do combate à Covid-19, Mônica é enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Ela recebeu a segunda dose em coletiva de imprensa do governo de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes. 

"É um prazer estar aqui mais uma vez diante de vocês sabendo que tenho uma representatividade muito grande. Quero deixar claro, antes de mais nada, a minha emoção em poder estar sendo imunizada pela segunda vez. [...] Vou continuar, junto com todos os brasileiros, usando máscara até que todos nós estejamos imunizados", afirmou a enfermeira.

"Eu sou enfermeira, tenho muito orgulho da minha profissão. Quero deixar claro que não sou atriz, sou enfermeira. Me falaram, mandaram mensagens dizendo que eu estava atuando. Acho que num momento com tantas mortes não existe atuação teatral. É uma realidade que todos nós estamos vivendo, foram mais de 200 mil mortes. Tudo que eu fiz, tudo que aconteceu no dia 17 de janeiro foi verdadeiro", afirmou. 

Mônica citou também os ataques que passou a receber depois da aplicação da primeira dose da vacina. "Estou aqui pelos brasileiros, sim. Quem teve uma perda na família sabe o que estou falando. Ao invés de me atacarem com piadinhas como fizeram desde o dia 17, me respeitem como profissional. Vejam, eu estou na linha de frente desde o início cuidando de pacientes graves. Antes de falar de mim, veja minha história. Respeite a minha história", continuou. 

Assista ao trecho da coletiva de imprensa:

Ataques na internet e fake news

Um dia depois de receber a primeira dose do imunizante, Mônica virou alvo de ataques na internet e postagens que jogaram dúvida sobre a vacinação. 

"Por quê [sic] Mônica Calazans tomou a 'primeira vacina' se teoricamente ela já estava imunizada por ter participado dos estudos da vacina experimental no Butantan?", escreveu o deputado estadual bolsonarista Gil Diniz em uma rede social. O post cita uma reportagem verdadeira, do site oficial do Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), que mostra Mônica como uma das voluntárias nos testes clínicos da Coronavac. "[Mônica] conta que já tomou as duas doses e não teve nenhum tipo de reação", diz o texto.

Isso não significa, entretanto, que a enfermeira teria se imunizado "pela terceira vez" na ocasião ou que a vacina aplicada foi falsa. Procurado pela Cultura, o Instituto Butantan confirmou que Mônica foi voluntária nos estudos da Coronavac e fez parte do grupo controle, isto é, recebeu placebo durante os testes. Portanto, ela só foi vacinada de fato no dia 17 de janeiro, diante das câmeras.