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Ministério Público Federal cobra comandantes do Exército e da Aeronáutica sobre gastos com cloroquina

Os dois têm 15 dias para explicar gastos e logística para a produção e distribuição desse medicamento. Conselho Federal de Medicina também deverá dar explicações sobre o caso


22/02/2021 16h38

O Ministério Público Federal (MPF) deu 15 dias para os comandos do Exército e da Aeronáutica detalharem as estruturas, o total de dinheiro público investido e a origem orçamentária dos recursos usados na produção e distribuição de cloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada no combate contra a Covid-19. Augusto Aras, procurador geral da República, deve enviar os ofícios aos dois comandantes.

As explicações deverão ser dadas para o inquérito civil público instaurado pela Procuradoria da República do Distrito Federal, que investiga possíveis ilegalidades no uso de dinheiro público para investir em remédios sem eficácia para tratar o novo coronavírus.

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Quem deverá responder o MPF é o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército, o tenente-brigadeiro Antonio Carlos Bermudez, comandante da Aeronáutica. A decisão de cobrar explicações foi por Luciana Loureiro, procuradora da República, em um despacho assinado na última sexta-feira (19).

Além dos comandantes, o MPF também vai exigir explicações do Conselho Federal de Medicina. São dez dias para manifestar uma posição sobre o aplicativo lançando pelo Ministério da Saúde que recomendava o uso de remédios sem comprovação científica para tratar a Covid-19. O objetivo é saber se o Conselho concorda com o chamado “tratamento precoce” e qual a posição sobre essa ferramenta virtual.

Para saber a posição do Conselho, serão ouvidos, por videoconferência, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

Investigações no Ministério da Saúde

O MPF também espera explicações do Ministério da Saúde sobre a cloroquina. Já foi pedido as evidências científicas para sugerir o uso desse medicamento no tratamento da doença e a criação do aplicativo.

Também foi requisitado os gastos com o “tratamento precoce”, financiamento de leitos de UTI, ações de testagem e campanhas de esclarecimento da população.

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