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#8M: Apesar da desigualdade salarial, mulheres fazem história em áreas que eram consideradas masculinas

Ciência, cinema, matemática e outras áreas, possuem profissionais femininas que marcaram e ainda marcam a história brasileira


02/03/2021 15h33

A luta feminina para obter espaço no mercado de trabalho é uma questão histórica e que tem raizes profundas em nossa sociedade. Segundo o estudo Diferença do Rendimento do Trabalho de Mulheres e Homens nos Grupos Ocupacionais - PNAD Contínua 2018, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2019, as mulheres ainda ganhavam 20,5% a menos em comparação aos homens.

No mesmo ano, também se constatou um aumento na desigualdade salarial entre os gêneros. A disparidade entre os rendimentos médios mensais de homens (R$ 2.579,00) e mulheres (R$ 2.050,00) ainda é de R$ 529,00. A menor diferença foi de R$ 471,10 em 2016, quando as mulheres ganhavam 19,2% menos.

Entretanto, mesmo com o preconceito nos espaços de trabalho, assédio e diferença salarial, mulheres continuam deixando a sua marca e fazendo história por todo o Brasil ao longo dos anos. Para destacar isso, selecionamos cinco áreas que tiveram destaque de importantes profissionais.

Ciência:

Ana Paula Fernandes

Divulgação/UFMG


Professora e pesquisadora do Centro de Tecnologia em Vacinas e Diagnósticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entrou para a luta contra o coronavírus em janeiro de 2020, quando ainda não havia casos oficiais no Brasil.

Formada em biologia e especialista em biologia molecular de diagnósticos e vacinas, foi responsável pela criação de um diagnóstico sorológico para detecção da Covid-19 totalmente nacional.

Matemática:

Cecilia de Souza Fernandez

Divulgação/UFF


Professora titular do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1994 foi para a Kent State University, em Ohio (USA), onde obteve o grau de Doutora (PhD).

Cecilia é co-autora dos títulos "Introdução às Funções de uma Variável Complexa", "Introdução à Álgebra Linear", "Exercícios Resolvidos de Álgebra Linear", "A história de Hipátia e de muitas outras matemáticas" e "Sobre a noção de compacidade", todos publicados pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Esporte:

Marta Vieira da Silva

Reprodução/Instagram


Conhecida como a rainha do futebol, foi eleita seis vezes como a melhor jogadora do mundo pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). Outro recorde, é o de maior artilheira de Copas do Mundo.

Com a equipe nacional, foi campeã dos Jogos Pan-Americanos em 2003 e 2007. Já nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, a equipe foi vice-campeã. Em 2007, Marta foi uma das jogadoras que ajudou a seleção a chegar pela primeira vez em uma final de Copa do Mundo.

Leia também: #8M: Atletas brasileiras que marcaram suas modalidades

Justiça:

Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha

Flickr/Superior Tribunal Militar


Nascida em 1960, é magistrada brasileira. Desde 2007 é ministra do Superior Tribunal Militar (STM), sendo a primeira mulher nomeada para esse cargo e a assumir a presidência do STM em 206 anos.

Formada em Direito pela Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), atuou como advogada entre 1983 e 1985, ano em que se tornou procuradora federal, sendo a primeira colocada no concurso público.

Cinema:

Viviane Ferreira

Reprodução/Instagram


Viviane é a segunda cineasta negra no Brasil a lançar um longa-metragem, a primeira foi Rosana Sampaio com “Amor Maldito” (1983). A advogada e cineasta, produziu o curta–metragem “O dia de Jerusa” (2014) e, posteriormente, o curta foi expandido para filme (2018).

Ela é a nova diretora-presidente da SPCine, agência paulistana de fomento ao cinema. Ela entra no lugar da cineasta Laís Bodanzky ("Como Nossos Pais"), que estava no cargo desde fevereiro de 2019.

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