Após recorde diário de mortes por Covid-19, Bolsonaro critica lockdown e imprensa: “criaram pânico”
Em conversas com apoiadores, presidente critica governadores que adotaram a política do “fique em casa” e também a cobertura da imprensa na pandemia
03/03/2021 14h48
Um dia após o recorde diário de mortes no país, Jair Bolsonaro (sem partido) falou com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (3). O presidente voltou a criticar medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos. “Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de novo, do fique em casa. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?”.
Além das críticas ao lockdown, o presidente também fez críticas a imprensa em relação a cobertura na pandemia. De acordo com ele, a mídia considera ele um vírus.
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Na última terça-feira (2), o Brasil registrou 1.726 mortes pela Covid-19, o maior número desde o início da pandemia. Ao todo, são 257.562 óbitos. A média móvel de mortes também está crescendo e bate recordes diariamente. Nos últimos sete dias, houve um aumento de 23% em comparação à média de 14 dias atrás.
Além disso, mais de dez capitais do Brasil registram mais de 90% na taxa de ocupação nos leitos de UTI focados no tratamento da Covid-19.
Governos adotam medidas de restrição
Muitas cidades adotaram medidas restritivas para tentar frear o avanço do vírus. Na Bahia, por exemplo, foi adotado o toque de recolher e restrições na circulação de transporte público.
Em uma coletiva de imprensa na manhã de hoje, o governador João Doria (PSDB) anunciou que, a partir do final de semana, o estado de São Paulo regride para a fase vermelha do Plano SP e apenas serviços essenciais passam a funcionar.
Em Rondônia, comércios, bares e restaurantes não poderão funcionar nos próximos finais de semana e durante a noite em dias úteis. Sendo permitido apenas o funcionamento de serviços essenciais.
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