A situação dos hospitais de São Paulo é crítica. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o estado chegou a 90% de ocupação dos leitos de UTI. Em grandes polos do interior as vagas são poucas e medidas mais restritivas estão sendo tomadas pelas autoridades.
A Grande São Paulo, Marília, Barretos, São José do Rio Preto e Presidente Prudente funcionam com mais de 90% de ocupação nas UTIs. No momento, a cidade de Bauru apresenta a pior média com quase 97%.
Campinas também está em situação complicada. Os prefeitos das cidades próximas esperam até sexta-feira (19) para definir se vão decretar lockdown.
Em Ribeirão Preto a medida já foi tomada. Foi adotado um confinamento completo até domingo (21). O transporte público parou, comércio e serviços estão fechados e só funcionam com entregas. A região tem quase 88% de ocupação das UTIs.
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Apesar da abertura de mais de mil novos leitos, o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, reconhece que não é possível acompanhar a demanda.
“Há três semanas, nós tínhamos 6.410 pessoas ocupando os leitos de UTI. Hoje nós temos 10.750 pessoas internadas, isso é uma média de 180 pessoas internadas em por dia. Nós não queremos isso [colapso no sistema de saúde], nós não podemos deixar que isso aconteça, mas se a população não nos ajudar isso vai acontecer”, declara.
Outra cidade com índices altos de ocupação é Araraquara, com 95%. Mas, ao contrário do resto do estado, ela apresenta queda de internações depois das medidas de restrição adotadas no mês passado.
Assista à matéria sobre o índice de ocupação das UTIs nas cidades do estado de São Paulo que foi ao ar nesta quarta-feira (17) no Jornal da Tarde.
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