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Flickr/Ministério da Saúde
Flickr/Ministério da Saúde

Durante sessão da comissão do Senado, nesta segunda-feira (26), para discutir medidas contra a Covid-19, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga admitiu que há “dificuldade” no fornecimento de vacinas da Coronavac aos estados para aplicação da segunda dose.

"Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem. E agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose”, explicou o ministro.

Em 21 de março, dois dias antes da posse de Queiroga, o Ministério da Saúde alterou a orientação aos estados e autorizou que todas as vacinas armazenadas para a segunda dose fossem utilizadas imediatamente para a primeira. O objetivo era iniciar a imunização de um número maior de pessoas.

Diante dessa orientação, diversos estados precisaram paralisar suas campanhas de vacinação. Um dos casos mais preocupantes é de Maceió, capital de Alagoas, que suspendeu a aplicação da segunda dose da Coronavac no último domingo (25) por falta de doses.

Leia também: Vacinação contra covid: Por que municípios não aplicam toda vacina enviada por governo federal?

O ministro afirmou que a orientação sobre o armazenamento de vacinas será alterada e o governo emitirá uma “nota técnica acerca desse tema”.

Paralização na vacinação e mais recordes

O problema com a aplicação da segunda dose da Coronavac acontece no momento que o Brasil bate recordes negativos em relação a pandemia. No último domingo, o país ultrapassou a marca dos 390 mil mortos pela doença. Após os números do último final de semana, o Brasil registrou mais mortes por Covid-19 em 4 meses de 2021 do que em todo o ano de 2020. 

"O número de óbitos no ano de 2021 hoje supera o número de óbitos que ocorreu no ano de 2020 inteiro, mostrando a gravidade dessa doença e a necessidade de adoção de medidas que sejam eficazes para vencermos essa situação grave na saúde pública nacional”, disse Queiroga.

Diante desse cenário, o ministro voltou a falar da importância das medidas que ele chama de “não farmacológicas”, como o uso de máscara e o distanciamento social.