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CPI da Covid: Mandetta diz que Bolsonaro divergiu das orientações do Ministério para conter vírus

O ex-ministro é a primeira testemunha ouvida pelo Senado. Teich e Pazuello também serão ouvidos sobre a condução da pandemia


04/05/2021 14h54

Durante depoimento na CPI da Covid nesta terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que houveram divergências entre ele e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação a condução da pandemia no país.

Após pergunta do relator Renan Calheiros (MDB/AL), Mandetta disse que orientava o presidente baseado na “ciência, na vida e na proteção”.

“Todas as recomendações, as fiz com base na ciência, vida e proteção. As fiz em público, todas as manifestações de orientação dos boletins. As fiz nos conselhos de ministros, as fiz diretamente ao presidente, as fiz diretamente a todos os secretários estaduais, todos os secretários municipais, a todos aqueles que de alguma maneira tinham no seu escopo que se manifestar sobre o assunto sempre”, explicou o médico.

O exemplo que o antigo ministro deu foi sobre as medidas de isolamento. Bolsonaro queria o “confinamento vertical”, com apenas idosos ficando em casa. O Ministério da Saúde era contra essa medida.

Cloroquina

O ex-ministro também foi questionado se a Pasta recomendou o uso de cloroquina para o tratamento da Covid-19. Ele respondeu: “Não, apenas para uso compassivo, inclusive após falar com o Conselho Federal de Medicina. Uso em pacientes graves, e a margem da segurança dela é estreita".

Leia também: Mandetta diz que Bolsonaro queria que Anvisa alterasse bula da cloroquina

Além disso, também disse ao presidente que a automedicação poderia ser muito perigosa para as pessoas devido a possíveis reações adversas.

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