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Investigação conclui que Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, fez gesto racista em sessão no Senado

Polícia do Senado encaminhou investigação para o Ministério Público, que vai decidir se aceita ou não a denúncia


04/05/2021 17h30

Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da Presidência, foi indiciado pela Polícia do Senado por fazer um gesto de conotação racista durante sessão no Senado em 24 de março. O Ministério Público Federal (MPF) recebeu, nesta terça-feira (4), o relatório final da investigação e terá que decidir se denúncia ele ou opta pelo arquivamento.

Martins foi indiciado com base no artigo 20 da lei 7.716/1989, que fala em pena de reclusão de um a três anos de prisão e multa para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

E de acordo com o inciso 2º do artigo 20, a pena de reclusão pode ser de dois a cinco anos caso o crime seja cometido por intermédio de meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza.

Relembre o Caso

Durante sessão no Senado em 24 de março, Filipe Martins fez um gesto obsceno enquanto Rodrigo Pacheco (DEM/MG) discursava. O gesto que une o indicador e o polegar de forma arredondada. Nos Estados Unidos, essa expressão é associada a grupos extremistas.

O gesto que, inicialmente, era usada como “OK”, passou a ser usada como “WP”, uma sigla para White Power. Os três dedos esticados formam o W, enquanto o indicador colado no polegar ser o P.

Leia também: Depoimento de Eduardo Pazuello na CPI da Covid é adiado para 19 de maio

A manifestação de Martins aconteceu durante sessão que questionava Ernesto Araújo sobre a atuação do Ministério de Relação Exteriores em relação a aquisição de vacinas contra a Covid-19.

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