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Fazer uma compra no cartão de crédito e receber um dinheiro de volta é a proposta de empresas como Méliuz e PicPay, que apostam no cashback para atrair clientes. Apesar de parecer uma ótima oportunidade, os especialistas ouvidos pelo 6 Minutos dizem que este tipo de cartão não é indicado para todo mundo.

“Achar que o cashback é uma oportunidade e acabar aumentando os gastos pode dar a falsa ilusão de benefício, comprometendo o poder de pagamento de faturas mais caras”, afirma Ahmed El Khatib, coordenador do Instituto de Finanças da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).

Não significa que os cartões dão dinheiro de volta para todas as compras realizadas pelos clientes. Cada empresa tem suas regras e, para Hicaro Sindeaux, analista de novos negócios da Mobills, este tipo de cartão vale mais a pena para quem já tem o hábito de fazer compras pela internet, já que as companhias costumam oferecer mais cashback no e-commerce.

O que avaliar antes de contratar? Uma conta básica de custo e benefício: o valor da anuidade não pode ser maior do que o retorno, senão não vale a pena. “Analisar o valor da anuidade e o volume de gastos são fundamentais antes de aceitar se quer ou não entrar em programas de cashback. O cartão que não tem anuidade e dá dinheiro de volta é o melhor dos mundos”, afirma El Khatib.

Depois de entender como o programa do cartões funciona, é hora de identificar o perfil do consumidor. “Alguns cartões depositam o dinheiro de volta em contas, outros geram créditos para abater na fatura do cartão, por exemplo. O cliente precisa identificar qual cashback de fato vai ser usado e será vantajoso para suas finanças”, afirma Sindeaux.

O 6 Minutos selecionou alguns cartões de crédito disponíveis no mercado. Veja as condições de cada um deles:

C6 Bank: o cartão oferece um programa de pontos, chamado Átomos, que permite que o cliente troque pontos por cashback, produtos ou milhas. O percentual de pontos oferecido varia de acordo com o valor da anuidade: é mais baixo para o cartão sem custos e mais alto para o C6 Carbon, que tem os benefícios do Mastercard Black.

Digio: o cashback é devolvido como saldo na conta do cliente ou como crédito na fatura do cartão. Para o dinheiro de volta valer, o cliente deve entrar na loja da empresa no aplicativo e selecionar a parceira em que vai fazer a compra. O percentual de cashback varia de acordo com a parceira.

Inter: o cashback varia de acordo com o cartão do cliente, todos na bandeira Mastercard. O Gold dá cashback de 0,25% sobre o valor das compras lançadas na fatura, o Platinum passa para 0,5% e o Black tem 1% de cashback.

Magazine Luiza: o cartão do Magalu promete cashback de 4% até o dia 31 de maio e, depois da data, de 2%. O cliente não paga anuidade, mas só recebe o cashback em compras feitas no Magalu – dinheiro que fica disponível na MagaluPay, conta digital da varejista.

Méliuz: o cashback do Méliuz é progressivo e pode chegar a 1,8%, percentual que varia de acordo com o valor gasto na fatura.

PicPay: o cartão da empresa oferece 5% de cashback em compras feitas via QR Code em maquininhas Cielo, Getnet e Rede, em estabelecimentos cadastrados no PicPay Empresas, na PicPay Store ou em sites parceiros, que aceitam o PicPay como forma de pagamento. O cartão tem a bandeira Mastercard.

Vivo Itaucard Cashback Platinum Visa: este cartão dá 10% de cashback em compras na loja Vivo e 0,5% nas demais lojas. Os consumidores que têm gastos a partir de R$ 350 por mês com a Vivo não têm cobrança de anuidade. Caso o contrário, o cashback não é concedido e a parcela da anuidade é de R$ 30.

Vários cartões de uma só vez

El Khatib aconselha que o consumidor tenha o menor número de cartões possível, mesmo se não houver cobrança de anuidade, para evitar problemas financeiros futuros.

Se ainda assim a pessoa quiser ter vários cartões para aproveitar cashbacks diferentes, Sindeaux diz que é preciso cautela e organização financeira, principalmente porque os juros rotativos do cartão de crédito são altíssimos para quem não consegue pagar a fatura total. Em março, a taxa bateu 334,9% ao ano, a maior desde 2015.

Aqui vale a regra básica: nunca gastar mais do que ganha e controlar todo o dinheiro que entra e que sai da conta.

Por que empresas estão apostando no cashback? Para atrair cada vez mais clientes. “A modalidade do cashback surgiu em algumas empresas de finanças e tecnologia menores, que trouxeram a tendência. Os brasileiros têm percebido que podem ter acesso a um bom serviço financeiro sem ter gastos absurdo com bancos e estão ficando cada vez mais exigentes”, afirma Sindeaux.

Para o especialista, o lançamento do cartão do Magalu deve fazer com que outras empresas varejistas se inspirem e façam ações parecidas.