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Nesta terça-feira (11) está em andamento o depoimento do presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, à CPI da Covid. Questionado sobre um possível decreto presidencial para mudar a bula da cloroquina e recomendar o medicamento, que já foi comprovado cientificamente ineficaz, ao tratamento do novo coronavírus, Barra Torres afirmou que a proposta foi feita pela doutora Nise Yamaguchi durante uma reunião no Palácio do Planalto.

“Esse documento foi comentado pela doutora Nise Yamaguchi, o que provocou uma reação, confesso, um pouco deselegante. A minha reação foi muito imediata, de dizer que aquilo não poderia ocorrer. Só quem pode modificar uma bula de um medicamento registrado é a agência reguladora daquele país, desde que solicitado pelo detentor do registro [...] Quando houve uma proposta de uma pessoa física de fazer isso, me causou uma reação brusca”, comentou. “Ela fez uma proposta absurda”, avaliou Barra Torres.

Nise Hitomi Yamaguchi, de 62 anos, é uma médica oncologista e imunologista. Ela é diretora do Instituto Avanços em Medicina, em São Paulo. Nise é conhecida por ser defensora do uso da hidroxicloroquina e cloroquina como tratamento de pacientes com Covid-19.

A médica foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a integrar o comitê de crise na gestão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e foi cotada para assumir a pasta quando ele pediu demissão, em abril do ano passado.

Em julho de 2020, Nise Yamaguchi foi afastada do Hospital Israelita Albert Einstein, onde atuava de forma independente, depois de ter concedido uma entrevista à TV Brasil, onde fez declarações polêmicas sobre o holocausto. Na ocasião, ela questionou “Você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela massa de rebanho de judeus famintos se não os submetessem diariamente a humilhações?"

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