Notícias

Pazuello diz que aceitou todas as ofertas de entrega de oxigênio ao Amazonas

Ex-ministro da Saúde ainda afirmou que só ficou sabendo da iminência da falta de oxigênio em Manaus no dia 10 de janeiro


19/05/2021 13h30

Durante sessão da CPI da Covid, nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que aceitou todas as ofertas de entrega de oxigênio ao Amazonas. "Se elas [ofertas] não chegaram, eu não sei dizer por que é que não chegou", concluiu.

Ele ainda disse que só ficou sabendo da iminência da falta de oxigênio em Manaus no dia 10 de janeiro, à noite. Entretanto, o senador Humberto Martins pontuou que o inquérito do Ministério Público informa que o Ministério da Saúde tomou conhecimento da situação em 8 de janeiro. 

Pazuello informou à CPI que começou a agir assim que soube do problema relacionado à falta de oxigênio. Segundo ele, "no dia 12 chegou a primeira aeronave trazendo oxigênio líquido". Ele ainda completou: "As medidas possíveis a partir do dia 10 foram todas executadas. Se nós tivéssemos sabido antes, poderíamos ter agido antes."

O assunto gerou atrito entre os senadores. O ex-ministro falou que a empresa White Martins, fornecedora do oxigênio, teve seu estoque encerrado em 13 de janeiro, mas que em 15 de janeiro, ele voltou a ser positivo. O senador Eduardo Braga se exaltou: "Não faltou oxigênio em Manaus por apenas 3 dias. Faltou por mais de 20 dias!"

Leia também: Lula sobre Pazuello na CPI da Covid: “Copiando minha gravata”"Deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível", diz Eduardo Pazuello

Este é o oitavo dia de depoimentos na CPI. O ex-ministo da Saúde é o terceiro titular da pasta no governo Jair Bolsonaro e permaneceu no cargo por 10 meses. Pazuello seria ouvido pela Comissão no dia 5 de maio, mas um dia antes o Comando do Exército informou que ele estava em quarentena após ter tido contato com duas pessoas infectadas pela Covid-19.

Na última sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu o direito de habeas corpus ao ex-ministro. Pazuello poderá ficar em silêncio, com o objetivo de não produzir provas contra si. Ele depõe nesta quarta na condição de testemunha e deve dizer a verdade, sob risco de crime de falso testemunho.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças