O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta quarta-feira (19) à CPI da Covid que "deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível". Para ele, o certo seria fazer uma análise das medidas de restrição, propor a elas o grau e deixar os gestores de cada estado fazerem as suas próprias considerações.
Embora Pazuello diga que "em nenhum momento o presidente me desautorizou ou orientou a fazer algo" em relação ao distanciamento e prevenção da pandemia, Bolsonaro continua provocando aglomerações.
No último sábado (15), o presidente causou tumulto e desrespeitou as medidas de isolamento social ao se aglomerar com seus seguidores em Brasília. Foi um evento fora da programação oficial.
O ex-ministo da Saúde é o terceiro titular da pasta no governo Jair Bolsonaro e permaneceu no cargo por 10 meses. Pazuello seria ouvido pela Comissão no dia 5 de maio, mas um dia antes o Comando do Exército informou que ele estava em quarentena após ter tido contato com duas pessoas infectadas pela Covid-19.
Na última sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu o direito de habeas corpus ao ex-ministro. Pazuello poderá ficar em silêncio, com o objetivo de não produzir provas contra si. Ele depõe nesta quarta na condição de testemunha e deve dizer a verdade, sob risco de crime de falso testemunho.
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