A farmacêutica Pfizer enviou uma carta ao então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em dezembro do ano passado, em que propôs soluções para entraves na compra de vacinas contra a Covid-19.
A carta foi obtida pela TV Globo e publicada no portal G1 na última segunda-feira (24). De acordo com a publicação, uma correspondência semelhante foi entregue ao então secretário-executivo da pasta Élcio Franco.
Carlos Murillo, presidente da Pfizer na América Latina e então presidente da companhia no Brasil, afirmou que na terceira oferta da farmacêutica enviada ao governo em 24 de novembro foi possível adequar as limitações de ordem jurídica. “Um dos pontos mais relevantes foi estabelecer a condição para o contrato definitivo à emissão do registro sanitário pela ANVISA”, concluiu.
No documento, Murillo reforçou que o Memorando de Entendimento precisava ser assinado até 7 de dezembro, caso contrário, as doses destinadas ao Brasil seriam disponibilizadas para outros países da mesma região.
“Apresentamos, fisicamente, a embalagem especial desenvolvida para esta vacina que permite armazenamento por até 15 dias, na temperatura necessária, com a troca de gelo seco, e por mais 5 dias em refrigerador comum”, informou o documento sobre o armazenamento do imunizante.
Três propostas iniciais de esquemas de distribuição também foram encaminhadas.
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Ao final, a carta apontava que o quantitativo disponível para o Brasil para o primeiro semestre deste ano era limitado e não permitiria vacinar a maioria da população, entretanto, a quantidade de doses permitiria a imunização dos grupos prioritários.
Murillo ainda apontou que "a condição de não responsabilização futura da Pfizer sobre possíveis demandas litigiosas futuras tem sido praxe e aceita por todos os países que já fecharam acordo". O Ministério da Saúde ainda não se posicionou em relação ao documento.
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