A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (25) a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.
Conhecida como 'Capitã Cloroquina', Mayra conseguiu, na última sexta-feira (21), uma liminar no Supremo Tribunal Federal que permite que ela fique em silêncio quando perguntada sobre fatos que ocorreram entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. No período, a cidade de Manaus enfrentou o desabastecimento de oxigênio hospitalar. A decisão do ministro Ricardo Lewandowski determina que Mayra é obrigada a falar sem reservas sobre qualquer outro período e sobre a atuação de todos os outros membros do governo.
Ela ganhou destaque por defender o chamado tratamento precoce contra a Covid-19, que consiste no uso de medicamentos ineficazes. Na sessão, a secretária deve responder perguntas sobre a aquisição e distribuição de comprimidos de cloroquina, isolamento social e vacinação. Ela também deve ser questionada sobre o TrateCov, plataforma que recomendava o uso de cloroquina no combate à covid-19.
No início do depoimento, o relator Renan Calheiros questiona sobre o tratamento precoce. Mayra responde que "toda doença deve ser tratada precocemente", além disso, afirma que o Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos para Covid.
"O Ministério da Saúde criou um documento juridicamente perfeito, que é a nota orientativa número 9, que depois se transformou na nota orientativa número 17, onde nós estabelecemos doses seguras para que médicos brasileiros pudessem utilizar esses medicamentos com o consentimento dos seus pacientes", relata a secretária.
Leia também: Pfizer propôs soluções para compra de vacinas em carta entregue a Pazuello, diz emissora; Fiocruz retoma produção da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 nesta terça
REDES SOCIAIS