O depoimento de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, à Comissão Parlamentar de Inquérito realizado na última terça-feira (25) foi marcado por contradições. A cloroquina foi o assunto mais abordado na oitiva.
Conhecida como Capitã Cloroquina, ela afirmou que o uso desse tipo de medicamento não foi uma iniciativa pessoal dela na pasta e negou o recebimento de ordens do Presidente da República e do Ministério da Saúde referentes à recomendação do uso da cloroquina.
A secretária ainda fez uso do jogo de palavras ao dizer que o ministério não recomendou o remédio, mas apenas orientou o uso. Em resposta, o relator da CPI, Renan Calheiros, questionou a distinção entre as palavras. “Eu não entendo qual é a diferença de recomendar e orientar”, disse Calheiros.
Quando questionada sobre a sustentação da indicação da hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19, foi evasiva. A secretária ainda foi interrogada a respeito da imunidade de rebanho e um vídeo seu, defendendo a tese, foi exibido durante a audiência. Em resposta, ela negou que o Ministério da Saúde, bem como o Presidente da República tenha cogitado a utilização dessa tese como estratégia de condução da pandemia.
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Mayra chegou a contradizer o depoimento dado à CPI pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao afirmar que ele teria sido informado sobre a falta de oxigênio em Manaus no dia 8 e não do dia 10, como disse o ex-ministro.
Veja mais detalhes sobre o depoimento na edição desta quarta-feira (26) do Jornal Da Tarde:
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