"Se não tem vacina para todos, não é o momento de pensar em 3ª dose", diz Rosana Richtmann
Infectologista foi convidada da bancada do Jornal da Cultura desta quarta-feira (26)
26/05/2021 21h51
Convidada da bancada do Jornal da Cultura desta quarta-feira (26), a médica infectologista Rosana Richtmann comentou o comunicado do Instituto Butantan, que produz a vacina contra a Covid-19 CoronaVac, que disse não ser necessário a aplicação de uma 3ª dose.
"Se a gente não tem vacina para todo mundo, não é hora de pensar em reforço e 3ª dose. Porém, se eu tivesse uma prateleira cheia de vacina, possivelmente eu iria pensar em um esquema diferenciado para a faixa etária das pessoas com 80 anos ou mais", comenta a infectologista.
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A discussão surgiu depois de um estudo de pesquisadores de várias instituições como USP e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que mostrou que a imunidade da CoronaVac diminui conforme idades mais avançadas. De acordo com os dados da pesquisa, a população com 80 anos ou mais teria uma proteção de 28%.
Rosana chama atenção para o fato de que os resultados do estudo se referem à efetividade global do imunizante, modo em que o paciente não sente nenhum sintoma da doença. "Quando a gente colocou a vacinação para esta população, o objetivo número um era evitar hospitalizações, terapia intensiva e mortes. Esse número eu desconheço em relação a esse estudo. Isso ainda vai ser estudado", completa.
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Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta quarta-feira (26) no Jornal da Cultura.
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