O PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano. O 6 Minutos separou alguns recortes sobre a divulgação feita nesta terça-feira (dia 1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Agro ajuda, mas não resolve
O desempenho do setor agropecuário salta aos olhos, com expansão de 5,7% em relação ao trimestre anterior. Contudo, o impacto que esse resultado tem sobre o PIB geral é limitado. O IBGE estima que o setor tenha gerado R$ 208,8 bilhões no primeiro trimestre, pouco mais de um décimo dos R$ 2,0 trilhões do PIB no período. Para se ter uma idéia, o setor de serviços acumulou R$ 1,2 trilhão — seis vezes mais que o agro.
E a retomada do emprego?
Se o PIB cresceu, por que o desemprego está em níveis recorde? Uma das explicações é que a expansão do PIB foi mais forte em setores que empregam menos trabalhadores, como o agropecuário, que conta com um alto nível de mecanização de suas linhas produtivas. O maior empregador do país é o setor de serviços, e esse teve queda de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2020. A categoria de serviços presenciais, administração, defesa, saúde e seguridade social teve retração de -4,4%, segundo o IBGE.
Famílias gastam menos
O crescimento do PIB não neutraliza as dificuldades financeiras de muitos brasileiros. Segundo o IBGE, o consumo das famílias caiu 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O desemprego e a inflação alta ajudam a explicar o resultado.
Acima do esperado
O crescimento do PIB veio acima do esperado. O consenso do mercado girava entre 0,9% e 1%, enquanto o resultado apurado pelo IBGE indicou expansão de 1,2% do PIB no primeiro trimestre. O resultado deve reforçar o otimismo em relação à economia brasileira, que tem visto seus números para 2021 serem revisados para cima.
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