“Quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo”, diz Bolsonaro sobre Auxílio Emergencial
Jair Bolsonaro foi questionado sobre uma nova rodada do auxílio e colocou a culpa em governadores e prefeitos pela crise econômica
01/06/2021 15h13
Durante conversa com apoiadores nesta terça-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou aqueles que defendem o Auxílio Emergencial afirmando para quem quer a ampliação do programa deve “ir no banco e fazer empréstimo”.
"Qual país do mundo fez um projeto igual ao nosso, num momento de crise, que foi o auxílio emergencial? Nós gastamos em 2020 com o auxílio emergencial o equivalente a dez anos de Bolsa Família. E tem gente criticando ainda falando que quer mais. Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo", disse o presidente.
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Para justificar o momento difícil que o momento passa na questão da fome e do desemprego, Bolsonaro colocou a responsabilidade nos governadores e prefeitos, que adotaram medidas de isolamento social. Na opinião do presidente, eles destruiram empregos.
A rodada de 2021 do Auxílio será encerrada em julho. O benefício varia de acordo com a composição da família, sendo que as parcelas vão de R$ 150 a R$ 375 por mês. Os valores pagos neste ano são inferiores aos de 2020, quando o auxílio foi de R$ 600 durante cinco meses e de R$ 300 em quatro.
Inflação dos alimentos
Mesmo não confirmando se haverá uma nova rodada do Auxílio Emergencial, o presidente admitiu o problema em relação ao preço dos alimentos.
"Estamos com problema de inflação em especial na alimentação. O arroz subiu de preço, o milho está subindo agora, [o que] influencia diretamente no preço do ovo e da galinha", disse.
Ele alegou que um dos principais motivos para o aumento do preço dos alimentos é a gasolina. Para o presidente, o preço acima dos R$ 6 não tem cabimento e impacta no mercado.
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