A CPI da Covid ouve pela segunda vez o ministro da Saúde Marcelo Queiroga nesta terça-feira (8). O depoimento foi antecipado pelos senadores depois que o Brasil decidiu sediar a Copa América e após o depoimento da infectologista Luana Araújo, que ocorreu em 2 de junho.
Questionado pelo relator Renan Calheiros sobre a realização da Copa América no Brasil, o ministro da Saúde afirmou que a "Copa América não é um evento de grandes proporções, não é uma Olimpíada" e disse que risco de se contrair a doença é o mesmo "com o jogo ou sem o jogo".
"O risco que a pessoa tem de contrair a Covid será o mesmo com ou sem o jogo. Não estou dizendo que não há risco. Estou dizendo que não há risco adicional", disse Queiroga.
Ele afirmou ainda que, do ponto de vista epidemiológico, não há justificativa para a Copa América não ser realizada no país.
"Avaliamos os protocolos da CBF e da Conmebol. Eles estão de acordo. [...] Não vejo do ponto de vista epidemiológico justificativa para a não realização do evento", afirmou. "Não acontecendo público nos estádios não teremos risco de aglomeração", acrescentou o ministro da Saúde.
Queiroga também disse que jogadores e integrantes das comissões técnicas têm um seguro para garantir que sejam atendidos em hospitais privados. Dessa forma, não haverá pressão sobre o sistema público.
"Todos os atletas têm seguros, se houver alguma sinistralidade eles vão usar o sistema privado, bem como os membros da comissão técnica. Então, isso não vai acarretar pressão sobre o sistema de saúde do Brasil", pontuou o ministro.
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