O que é um cartão de crédito virtual? Como ele funciona? Estas são algumas das dúvidas mais procuradas no Google sobre o assunto. Pensando nisso, o 6 Minutos conversou com Andrew Frank Storfer, diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), e Graziela Fortunato, professora da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), para esclarecer as dúvidas.

O que é o cartão virtual? É uma extensão do cartão de crédito tradicional, mas destinado apenas para compras online. Ambos usam o mesmo limite, mas cada um tem um número, CVV (Valor de Verificação do Cartão) e data de validade próprios.

O que muda então? Para começar, o cartão virtual não existe no meio físico, ou seja, as instituições não enviam o plástico para a casa do cliente. Outra diferença importante é que número do cartão ou CVV são alterados frequentemente para evitar fraudes.

O cartão do Itaú vale por 48 horas e o do Bradesco por 72 horas e apenas para uma compra. Já o do C6 Bank e do Santander não expiram a cada compra, mas mudam periodicamente o CVV. O cartão do Nubank não tem nenhuma mudança nos dados, mas o cliente pode excluí-lo e criar um novo quando quiser.

Como criar um cartão virtual? O primeiro passo é pesquisar se o banco oferece esse serviço. Além disso, a funcionalidade só é liberada para quem já tem um cartão de crédito na instituição.

No aplicativo do banco, o consumidor pode fazer a solicitação e deve seguir o passo a passo indicado na tela para habilitar.

Como o cartão virtual funciona? Da mesma forma que o tradicional, mas o consumidor encontra os dados do cartão no aplicativo do banco. Todas as compras serão disponibilizadas na fatura do cartão principal e ambos compartilham o mesmo limite. Normalmente, não há cobrança de taxas adicionais.

Em que situações vale a pena usar? Os especialistas afirmam que é indicado para qualquer pessoa que faça compras pela internet com frequência. “É exatamente vantajoso, porque não tem custo. Não existe nenhuma contraindicação”, afirma Andrew Frank Storfer.

“Este cartão também é bastante indicado para aquelas pessoas que deixam de comprar online por medo de fraude, já que é mais seguro”, afirma Fortunato.

A única situação que não é tão indicada para uso, segundo o Nubank, é na hora de comprar ingressos para eventos presenciais. Na maioria dos casos, o cliente faz a compra online e precisa apresentar o cartão que fez a compra na entrada do evento. Como o virtual não tem um plástico, a indicação é que o cliente use o cartão tradicional para evitar problemas.

O cartão virtual é seguro? Sim, mais do que o físico. “Na maioria dos casos, quando o consumidor faz uma compra na internet, coloca o número do cartão e, quando termina a transação, ele deixa de existir com aqueles dados. Mesmo se alguém pegar as informações, não consegue utilizar mais”, afirma Storfer.

Vou receber pontos no meu programa de fidelidades com o virtual? Sim. Se você participar de um programa de pontos, todas as compras nos cartões serão creditadas automaticamente.

Qual a vantagem para os bancos? Diminui o risco de fraudes e, consequentemente, de problemas com os clientes. “Para os bancos é um fator a mais de segurança e por isso que não cobram taxas para emissão do cartão virtual. As instituições deixam de perder dinheiro com fraudes, por exemplo”, afirma Storfer.

Dá para pagar qualquer compra online com ele? A maioria dá. Só é preciso ficar atento na hora de assinar serviços como Netflix ou Spotify, que possuem cobrança mensal. No caso dos cartões que só valem para uma compra, não dá para fazer este tipo de assinatura.

Posso fazer compras em lojas físicas? Não. O cartão só pode ser usado em compras online, aplicativos.

Fui roubado, posso continuar usando o cartão virtual? Sim, porque apesar dos cartões serem vinculados, possuem dados diferentes.

Não quero mais a funcionalidade, o que eu faço? Os consumidores conseguem excluir ou bloquear o cartão quando quiserem ou. Também dá para criar um novo a qualquer momento.