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Marcellus Campelo diz que White Martins apresentou plano de fornecimento de O2 ao estado

Declaração foi feita em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (15)


15/06/2021 11h00

No início do depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (15), o ex-secretário de Saúde do estado do Amazonas Marcellus Campelo, disse que a White Martins apresentou plano de fornecimento de oxigênio ao estado.

Questionado sobre o colapso que ocorreu no sistema de saúde de Manaus, episódio no qual a falta de oxigênio nos hospitais causou a morte de várias pessoas internadas com Covid-19, Campelo afirmou que teve uma reunião no dia 7 de janeiro com o representante da empresa White Martins devido a preocupações com o aumento do consumo do insumo no estado.

"Relatamos que teríamos capacidade de implantar aproximadamente mais 150 leitos de UTI e aproximadamente 250 leitos clínicos em Manaus. Ele [representante da empresa] anotou, pediu para que não ativássemos mais nenhum leito de UTI até o sinal da empresa de que poderia ter segurança para ampliação do fornecimento de oxigênio", disse.

O ex-secretário afirmou que ordenou a expansão dos leitos, sem a devida ativação, até que houvesse anuência da empresa.

"Neste mesmo dia a White Martins apresentou para nós uma programação de fornecimento de oxigênio – estamos falando do dia 7, uma quinta-feira – e ela afirmou para mim e para nossa equipe que a partir do sábado, dia 9, chegaria a primeira balsa de abastecimento com 52 mil metros cúbicos de O2 vindo de Belém e, a partir daquela data, a cada dois dias chegariam novas balsas e novos carregamentos de oxigênio para dar segurança ao fornecimento da rede", acrescentou.

A Polícia Federal investiga se o governo do Amazonas favoreceu empresários locais na construção de um hospital de campanha em Manaus. Em 2 de junho, agentes fizeram buscas na casa do governador Wilson Lima, na Secretaria de Saúde e na residência de Marcellus Campelo, que chegou a ser preso. Após o ocorrido, ele pediu exoneração do cargo de secretário de Saúde do estado.

A CPI da Covid aprovou a quebra de sigilos telefônico e telemático de Campelo. Ele irá depor na condição de testemunha e deve falar a verdade sob risco de crime de falso testemunho.

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