Witzel diz que Bolsonaro o chamou de "estrume, ditador e leviano" por apoiar o isolamento social

Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (16), o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o chamou de "estrume, ditador e leviano" por apoiar o isolamento social.

Na ocasião, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) exibiu um vídeo de Witzel, no qual ele fala sobre os discursos contrários ao combate da pandemia feitos por Bolsonaro, e o questionou: "O presidente da República chegou a pedir à vossa senhoria que ficasse contra ou não declarasse apoio ao isolamento?"

"O presidente me chamou de estrume, o presidente me chamou de ditador, me chamou de leviano. Ele fez várias afirmações inaceitáveis que eu jamais faria em relação a ele", declarou.

"Eu respeito o cidadão, eu fui juiz, fui defensor público e mesmo quando era defensor público e entrava no cárcere para defender alguém, sempre chamava aquela pessoa de senhor", disse

"Infelizmente, a postura do presidente foi de isolamento em relação a mim. Não só ele me ofendeu, ele me chamou de estrume, eu não processei, não entrei com ação em relação a isso. O presidente não me recebeu no Palácio do Planalto. Eu vou encaminhar aqui, à essa CPI, os meus pedidos de requerimentos de audiência com o presidente", acrescentou Witzel.

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