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Osmar Terra critica isolamento social usando de exemplo Japão e Suécia; Países acumulam mortes e casos de Covid-19

Durante depoimento na CPI da Covid, o deputado fez fortes criticas ao lockdown e alegou que medidas não funcionam


22/06/2021 15h00

O deputado Osmar Terra, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), testemunhou na CPI da Covid nesta terça-feira (22). Durante depoimento, ele criticou governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento.

"Se trancar todo mundo em casa por 18 meses, as pessoas, em um mês, dois meses, vão morrer de fome. O mundo tem que funcionar para as pessoas se alimentarem, para terem assistência médica, para terem os serviços públicos mínimos, para terem segurança, para terem as coisas”, disse Terra.

Para defender seu ponto de vista, citou países que não adotaram o lockdown, como Suécia e Japão. Mas Terra se equivocou em sua análise. O país asiático realmente não adotou um isolamento social rígido e no começo foi um exemplo para o mundo. Mas não conteve a segunda onda da doença e viu hospitais ficarem lotados.

Apenas 1% dos leitos são leitos de terapia intensiva no Japão, isso fez com que todo o sistema de saúde ficasse sobrecarregado.

Em dezembro, 56 japoneses morreram em suas próprias casas vítimas de Covid-19, de acordo com a polícia. Isso levou a oposição parlamentar a suspeitar de uma ligação com o sistema de saúde sobrecarregado, e forçou o premiê do país a fazer um pedido de desculpas público no Parlamento.

Além disso, em 23 de abril de 2021, o Japão declarou estados de emergência em Tóquio, Osaka e outras duas prefeituras. Pelas regras, entre 25 de abril a 11 de maio, restaurantes, bares e casas de karaokê que servem álcool não puderam abrir e grandes eventos esportivos foram realizados sem espectadores.

Leia também: À CPI da Covid, Osmar Terra nega a existência de um gabinete paralelo

A Suécia também sofreu com alto número de infectados e hospitais sobrecarregados. No início da pandemia, o país também não adotou medidas de isolamento. Mas, a estratégia foi alterada em novembro, quando o governo viu o número de casos subir.

Em dezembro, a Suécia contabilizava cerca de 350 mil casos de covid-19 e quase 8 mil mortes. A taxa de mortos por Covid-19 na Suécia era de 780 a cada 1 milhão de habitantes. Valores altos para um país tão pequeno, comparados proporcionalmente aos de outras nações muito mais populosas da Europa.

Devido a situação critica, o governo sueco voltou atrás e passou adotar medidas de isolamento e toques de recolher no país.

Mesmo assim, o deputado criticou o isolamento social e disse não ser “negacionista”. "Eu defendo a vacina. Aqui, ninguém está... Não é negacionista de... Eu não sou negacionista, eu não condeno vacina”, defendeu o depoente.

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