Esta quinta-feira (24) marca os 20 anos da morte do geógrafo, escritor e professor universitário Milton Santos. Ele se consagrou como um dos maiores intelectuais do Brasil com seus estudos na geografia e até hoje é lembrado como uma potência na área.
Antes do exílio após o Golpe Militar de 1964, Milton já havia começado sua carreira na academia como professor de geografia humana na UCSal (Universidade Católica de Salvador) de 1956 a 1960 e, antes disso, em 1959, como professor catedrático de geografia humana na UFBA (Universidade Federal da Bahia).
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De Brotas de Macaúba, Bahia, Milton passou por países como França, Canadá e Estados Unidos durante o exílio. Atuou como professor nas universidades de Toulouse, Bordeaux e Paris-Sorbonne, além do IEDES (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Econômico e Social). Nos Estados Unidos, foi convidado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology – Boston) como pesquisador.
A carreira internacional permitiu uma ampliação dos estudos de Milton, a caminho da teorização da geografia, que ele acabou trazendo também para o Brasil. Ele retornou ao país em 1977 e, dois anos depois, voltou a lecionar na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), de 1979 a 1983.
Por um concurso de 1983, Milton ingressou na USP (Universidade de São Paulo) como professor titular de geografia humana. O geógrafo permaneceu no cargo até a aposentadoria compulsória em 1997.
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Milton acumula alguns títulos na sua carreira, como o de Professor Emérito da USP, de 1997, e o Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud de 1994. O reconhecimento vem de sua contribuição para a teorização da geografia no Brasil e como suas publicações auxiliaram na organização do espaço no período histórico atual. Algumas das publicações do geógrafo podem ser acessadas neste site mantido pela família dele.
Confira também a participação de Milton Santos nesta edição do Roda Viva de 1977, onde ele falou sobre sobre globalização e o papel do intelectual na política nacional:
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