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O relator da CPI da Covid Renan Calheiros (MDB-AL) disse durante a sessão desta terça-feira (29) que a comissão irá ampliar sua duração devido à "informações gravíssimas" de desvio de dinheiro por parte do governo federal. 

"Essa Comissão Parlamentar de Inquérito vai ampliar o seu prazo de duração porque, a partir de agora, nós já começamos a acessar informações gravíssimas com relação à possibilidade de desvio de dinheiro público no âmbito da administração federal", afirmou Calheiros. "Já estão coletadas todas as assinaturas para a prorrogação dos nossos trabalhos, já adentramos a uma nova fase da investigação", concluiu. 

O senador também citou a sessão da última sexta-feira (25), em que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde, estiveram presentes. Eles reiteraram a denúncia de suspeitas de irregularidades na compra da vacina Covaxin. Após pressão dos senadores, o deputado confirmou que Bolsonaro citou o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR) como suposto responsável pelas irregularidades.

O documento para a prorrogação da comissão por mais 90 dias foi apresentado pelo vice-presidente da CPI da Covid Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na última segunda-feira (28).  CPI encerra seu trabalho no dia 7 de agosto, mas, se a prorrogação ocorrer de fato, as investigações continuam até novembro. Para isso acontecer, ao menos 27 senadores devem apoiar o pedido.

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A comissão ouve nesta terça-feira (29) o deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (PRTB), relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa do estado em 2020, para investigar ocorrências de atos administrativos ilícitos durante a atual pandemia.

O requerimento de convocação é de autoria do senador Marcos Rogério (DEM-RO) e foi aprovado em 16 de junho. No requerimento, ele apontou que as investigações da CPI da Saúde revelaram que autoridades, servidores públicos e representantes de empresas privadas se associaram para obter vantagens indevidas.

Marcos Rogério ainda afirmou que a comissão foi decisiva na investigação do “escândalo dos ventiladores pulmonares”, em que os equipamentos foram comprados pelo governo amazonense por intermédio de uma loja de vinhos.

O governador do Amazonas Wilson Lima não compareceu à sessão da CPI da Covid em 10 de junho. No dia anterior, ele obteve um habeas corpus por decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o dispensou da convocação. Lima foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República e é investigado por fazer parte de um esquema de desvio de verbas destinadas ao combate à pandemia.