Erika Hilton (PSOL), vereadora da cidade de São Paulo, postou, nesta sexta-feira (2), um trecho de sua participação no Roda Viva, respondendo sua opinião sobre a representatividade LGBTQIA+ nos partidos de direita. A publicação ocorreu após Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, assumir ser homossexual, durante um programa na TV.
"Infelizmente o que eu vejo na minha avaliação é uma grave agenda de direita, que é construida com muito sangue, com muito suor, com muitas perdas, por estes partidos para vender uma falsa representatividade, quando na verdade o que nós vemos são marionetes, são pessoas usadas para defender a agenda liberal, defender a agenda contra os direitos LGBTs, mas que podem dizer 'olha aqui no meu quadro nós temos uma pessoa trans, nós temos um negro, nós temos uma trabalhadora', mas qual é a voz ativa deste negro, desta trabalhadora, dessa pessoa LGBT? Ela tem uma atuação?", afirma a vereadora.
Para ela, nos partidos de esquerda existe uma autonomia e uma emancipação da atuação dessas pessoas, já no partido de direita "nós estamos vendo pessoas LGBTs que estão discutindo uma agenda que emancipe o grupo LGTB? Nós estamos vendo pessoas negras que debatam o racismo? Ou o que nós vemos são figuras que debocham do dia, por exemplo, da Consciência Negra, de figuras como Martin Luther King".
Erika termina dizendo que se o político tiver um pouco de sensibilidade com as pautas citadas, ele vai entender que a "direita está do lado oposto a vida e aos direitos da nossa população. Não é impossível, mas é muito difícil conseguir fazer uma agenda ética, responsável, coerente, estando em um partido de direita".
Confira a publicação da vereadora:
Veja a entrevista do Roda Viva completa:
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