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Reprodução/Flickr Senado
Reprodução/Flickr Senado

O celular de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, cabo da Polícia Militar, que se diz representante da Davati Medical Supply no Brasil, indica contatos com os quais ele combinava comissões a serem cobradas por vacina vendida, segundo mostra laudo da perícia à qual o aparelho foi submetido. 

Segundo as mensagens, Dominguetti negociava uma comissão de US$ 0,25 por dose de vacina contra a Covid-19. As informações são do programa Fantástico, da Rede Globo.

Na sessão da CPI da Covid, na última quinta-feira (1º), Dominguetti teve o celular apreendido pela comissão. O aparelho vai ajudar na montagem da teia de relacionamentos do policial militar com empresas e agentes públicos.

O material ainda está sob perícia, mas uma análise preliminar já identificou cerca de 900 caixas de diálogos nos aplicativos de mensagem. 

A um contato de nome Guilherme Filho Odilon, Dominguetti enviou a seguinte mensagem no dia 10 de fevereiro: “Estamos negociando algumas vacinas em número superior a 3 milhões de doses. Nesse caso, a comissão fica em 0,25 centavos de dólar por dose".

Em seguida, ele explicou: "O que estamos fazendo é pegar o volume da comissão e dividimos de forma igual a todos os envolvidos, claro que proporcionalmente aos grupos. Sendo três pessoas, eu, você e seu parceiro não teria objeções em avançar neste sentido".

À CPI, o PM havia comentado um valor menor como comissão, de US$ 0,20.

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