Professores municipais, que ensinam na periferia da cidade de São Paulo, ganham menos do que os docentes de escolas mais centrais, segundo um estudo da Fundação Tide Setubal, em parceria com a Transparência Brasil.
O levantamento foi feito a partir de 670 mil pagamentos em quase 1500 escolas em 2019 e mostrou que professores da rede municipal das periferias da cidade, com maior grau de vulnerabilidade social e com mais alunos pretos, pardos, indígenas, ganham menos que os profissionais de escolas mais centrais e com maior proporção de alunos brancos.
A média do valor da hora de um salário de professor foi estimada em R$ 72,46, com uma carga horária de 30 horas semanais, fica R$ 8.600. Para cada 1 ponto de aumento no Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS), o valor médio da hora cai em R$ 4, resultando em uma diferença de menos R$ 960 no salário ao mês.
Uma das razões para explicar essa desigualdade é que docentes com mais tempo de serviço e com uma remuneração melhor, têm prioridade nos pedidos de transferência de escola, e acabam optando por endereços centrais.
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