A CPI da Covid retirou nesta terça-feira (6) o sigilo de mensagens e áudios que estavam no celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se diz representante da Davati Medical Supply. O aparelho foi retido para perícia na última quinta-feira (1º), quando Dominguetti prestou depoimento à comissão.
O recolhimento do celular foi motivado por dúvidas da CPI sobre o contexto e a origem de um áudio atribuído ao deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), citado e reproduzido por Dominguetti na sessão.
Na ocasião, o PM disse que Miranda tentou negociar aquisição de vacinas contra a Covid diretamente com a Davati. Ao ouvir o áudio, no entanto, senadores apontaram que essa interpretação não estava explícita – e chegaram a questionar se o arquivo teria sido "plantado" para atrapalhar os trabalhos.
A decisão de retirar o sigilo foi tomada nesta terça pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), em resposta a um requerimento do senador Rogério Carvalho (PT-SE).
Carvalho solicitou a retirada do sigilo do material contido no celular de Dominguetti, em especial as conversas com o procurador da empresa, Cristiano Alberto Hossri Carvalho. O petista destacou que o aparelho foi entregue espontaneamente.
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