No primeiro semestre de 2021, 80 pessoas trans foram assassinadas no Brasil, enquanto nove cometeram suicídio. Houve também 33 tentativas de homicídio, segundo o último relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
“O país naturalizou um processo de marginalização e precarização para a aniquilação das pessoas trans”, aponta a associação. No ano de 2020, a Antra registrou 175 transexuais assassinados, maior número desde o início do monitoramento, que é realizado desde 2017.
Em nota, também foi colocado que o homicídio é o último caso de uma série de violência. “Observamos o mesmo cenário em que, 8 entre cada 10 notícias com as palavras ‘travesti’ ou ‘mulher trans’ na aba notícia nos principais mecanismos de busca, encontramos resultados de notícias relacionadas a violência e/ou violações de direitos humanos”, diz a organização.
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O relatório também mostra que a idade da mulher trans mais jovem a ser assassinada no país caiu. Keron Ravach tinha apenas 13 anos quando foi morta, em janeiro. Apenas 15% das vítimas conseguiram ultrapassar a expectativa de vida das transexuais, que é de 35 anos.
Pelo fato do relatório ser produzido através de reportagens e relatos de organizações LBGTQIA+, a Antra afirma que os dados não são oficiais. Com isso, há grande possibilidade de os números reais serem ainda piores que os atuais.
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