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O relator da CPI da Covid Renan Calheiros (MDB-AL) disse, durante a sessão desta quarta-feira (7), que a comissão já tem provas de superfaturamento no caso Covaxin. O senador ainda afirmou que o fato é “gravíssimo” e que apresentará nesta quarta as provas do sobrepreço nas negociações da compra da vacina indiana

A declaração irritou o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo, que desafiou o relator a apresentar a proposta inicial feita ao Ministério da Saúde. O presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM) disse que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou documentos que constam alterações feitas na negociação. 

Leia também: Covid-19: Calendário de vacina em SP deve ter nova antecipação, diz governo; Dias diz que coronel Marcelo Blanco o abordou com proposta de 400 milhões de doses da AstraZeneca;

deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, denunciaram possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo governo federal.

Luis Ricardo disse que sofreu pressão para dar andamento à importação do imunizante. O deputado Luis Miranda relatou ainda que informou o presidente Jair Bolsonaro sobre o caso. À CPI, ele disse que Bolsonaro teria demonstrado conhecimento das pressões para a aquisição da vacina Covaxin e que o responsável era o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.

Nesta quarta, a CPI da Covid ouve o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. O policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que recebeu um pedido de propina de US$ 1 dólar por dose da vacina AstraZeneca por parte de Dias.