Nesta quinta-feira (15), Cristiano Carvalho, representante no Brasil da empresa Davati Medical Supply, afirmou para a CPI da Covid que não recebeu pedido de propina para vender vacinas ao Brasil.
A empresa Davati entrou no radar da CPI porque o policial militar Luiz Dominghetti, que se apresentava como representante da empresa, denunciou ao jornal Folha de S. Paulo, no fim de junho, uma suposta cobrança de propina no Ministério da Saúde em um contrato de vacinas da AstraZeneca. Segundo Dominghetti, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias lhe pediu US$ 1 propina por dose.
No entanto, em seu depoimento, Carvalho negou o pedido de propina e falou sobre a relação com Dias.
“Dias disse que o Dominghetti havia passado o meu contato a ele”, e acrescentou: "Comigo ele [Roberto Dias] sempre tratou profissionalmente, nunca tratou de propina, nada disso", afirmou.
Cristiano disse ainda que “foi uma oportunidade a questão das vacinas”. “Eu não queria participar disso, mas da forma que fui tratado pelo Dominghetti, por representantes do ministério, embarquei naquela jornada.”
“Dada a insistência das pessoas em me procurar, eu vi como oportunidade de prestar um bom trabalho, ser remunerado por isso, e fiz da melhor maneira que podia”, completou.
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