O Congresso Nacional estabeleceu aumento de recursos destinados ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha nesta quinta-feira (15), durante a votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O fundo, calculado em R$2 bilhões no ano de 2018 e 2020, será de R$ 5,3 bilhões em 2022, ano eleitoral. Parlamentares como Carla Zambelli (PSL) e Bibo Nunes (PSL), votaram a favor do projeto, apresentando incoerência nos discursos realizados anteriormente.

Em sua conta no Twitter, a deputada Carla publicou críticas ao aumento dos recursos. “Câmara aprova o INACEITÁVEL Fundão Eleitoral de R$ 6 BILHÕES. Mas, ATENÇÃO: Ainda há esperanças de que, por meio da aprovação do destaque do Podemos no Senado, essa aberração seja derrubada pelos senadores. O povo brasileiro não merece esse escárnio”, escreveu Carla.

Entretanto, de acordo com os registros da votação no site da Câmara dos Deputados, o voto de Carla Zambelli foi positivo.

Leia mais: Congresso Nacional aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022

Em vídeo publicado na mesma rede, Carla alegou que o voto foi destinado ao texto como um todo que, segundo ela, “é um texto muito grande”, e afirmou que como não concordava com o reajuste, apoiou o destaque do partido NOVO que se colocava contra o trecho. A deputada acrescentou ainda ser contra o uso de recursos públicos para financiamento de campanha eleitoral e garantiu nunca ter utilizado o valor.

A mesma situação foi registrada pelo deputado Bibo Nunes (PSL), que escreveu em sua rede social: "Sempre fui contra o Fundo Eleitoral, independente de valores. É um desatino passar de 2 bilhões para 5.7 bilhões, esse vergonhoso fundo, na LDO. MEU voto será um MEGA NÃO!”. O registro do plenário também apresentou o voto positivo do deputado.

O voto de Carla Zambelli repercutiu na internet e ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter na quinta-feira (15). O site da TV Cultura tentou entrar em contato com os parlamentares, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.

Leia também: O que é prevaricação, foco de inquérito da PF contra Bolsonaro?